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ACRÓSTICO

ACRÓSTICO
Nos 95 anos da sogra

Medida por calendas, no desnível do tempo;
Aconchego de vida e orgulho turbulento.
Regaço indolente de mulher parideira.
Ironia da vida ou marca do destino – aponte a história sobranceira
Ainda vivace – da atual romaria.

Ego que luta! Vence a labuta!
Rameira fértil de indômito desejo
Ornada de brotos de fútil lampejo
Treliçada de amor; da família perfeita.
Isótopo da associação
Leal da sociedade viril.
Domina altaneira seu templo fugaz
Erigido no espaço e no tempo,
Seu sonho audaz.

Dádiva obscura o “NASCIMENTO” do João,
Obstinado sobrenome que, rejeitado o “SOUZA”, atravessa gerações.

Nascida na Primeira República, usou o Réis, Pataca, Tostão e Vintém!
Andou de canoa procurando seu sustento.
Superou o cansaço quebrando castanha – a lide operária.
Contudo o tempo – algoz iracundo – levou João herói do momento.
Itinerário alterado passeia nas plagas nordestinas.
Mentaliza a família, nova obra descortina;
Esmaecer? Jamais! O rumo traçado não volta atrás.
Nós, teus filhos, netos e descendentes
Tomados do mais puro sentimento
Olhamos na tua direção,Maria e, agradecemos pela tua vida.

 

 

 

Categorias:Poesia
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